CONTENTAMENTO
Quando
eu chego você não está
Quando
eu durmo você não vem
Sigo
o rastro do astro que vejo
E
vou além
Depois
daquela cerca
Acerca
da imensidão
Não
há seta mostrando caminho
Nem
direção
Na
divisa entre o bem e o mal
Os
homi tão em guerra
Disputando
território da indecisão
Quem
disse que só com fogo
Você
vai se queimar?
Que
qualquer rabisco em cor
É
obra prima?
Que
se acorda pra tudo
Com
cafeína?
Que
não é perdendo
Que
se aprende a ganhar?
Estagnado
um corpo,
Em
frente a televisão
No
conforto esconde a mente
Ciente
da abnegação
De
todas histórias mofadas
No
seu ambiente
Vai
esmagando a almofada
Como
que seu coração
Todo
dia essa rotina
E
a luz a se apagar
Que
fazia enxergar
Que
o que está acima
De
contestação não livre a te indagar
E
se entregar não vai adiantar
A
vida te cobra mais tarde
Esse
descarte que fez o contentamento.
Fernanda Estevão